domingo, 28 de agosto de 2011

Tempos de Chico...(suspiros,suspiros)

"Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar"



(Chico Buarque em "Futuros amantes")

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Meus amigos geniais II


     Outro dia conversava com um amigo sobre o meu medo de ter internet no celular:
     - Imagina. Eu com internet no celular iria ficar neuroticamente abrindo minha caixa de e-mails. Não sou uma pessoa controlada para ter internet à mão a qualquer hora.
     Ao que ele respondeu:
     - Nem eu...
     Continuei:
     - E mais. Com internet no celular eu ia querer sair tuítando tudo que visse pela frente. Se tiver que esperar até em casa para postar, faço outra coisa, esqueço. Meus impulsos são refreados.
     - É, também tenho medo desses smartphones. Hoje, já sinto que "tô" ficando panqueca quando começo a pensar em 140 caracteres.

Sensacional!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Meus amigos geniais I



     Um amigo meu, que terá sua identidade preservada, no auge de sua recém solterice, vira para mim e diz:

     - Meu Deus,Vanê, já tem duas mulheres me dando mole...
     - Quem são as mulheres? - perguntei.
     - As duas não me interessam muito... - responde ele desanimado, citando os nomes e sobrenomes das pretendentes, em seguida.
     - São feias? - indaguei curiosa.
     - Uma é feia. A outra tem valores muito diferentes...
     - Valores diferentes?
     - É. Não gosta de estudar, é metida a esperta, meio vulgarzinha, dá mole para vários homens, é metida a gostosa e o pior: é pobre!

     Gargalhei!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A prostituta e seu Senhor

     "VOCÊ pode esperar. DEUS não.” Foi com essa frase que a minha noite de evangelismo começou. Foi a segunda vez que o “Reação na madrugada” saiu, obviamente, de madrugada para mapear/evangelizar. Dessa vez, fomos acompanhar o Pr. Eric Reese, missionário americano que mora no Brasil e evangeliza prostitutas e travestis há 7 anos.
     Ao contrário de mim, não foi a primeira vez das meninas e meninos ali da Sernambetiba, da Atlântica e dos becos da Lapa. A maioria deles já conheciam o trabalho do pr. Eric e carinhosamente o apelidaram de “pr. Mike Tyson”. Pr. Eric é alto, forte, negro e tem cara de mal. Faz um certo sentido, né? Pois bem, nos encontramos por volta de meia noite, na casa do pr. Eric. Ele nos passou algumas orientações, oramos e num pulo saímos. Literalmente. Após a oração, pr. Eric deu um pulo da poltrona onde estava e disse “Vamos!”. E fomos. Entramos todos no carro dele e saímos rumo à praia. A estratégia era simples. Ele estacionava e saía – também num pulo – do carro. Um de nós fazia o mesmo e o acompanhava. Em seguida, nos aproximávamos de uma das meninas, meninos ou grupos, nos apresentávamos e, a partir daí, era o Espírito Santo que mandava. E mandou!
     A minha primeira vez, como não poderia deixar de ser, foi inesquecível. Pastor Eric pulou para fora do carro e eu pulei atrás dele. Andamos em direção a um ponto de ônibus e nos aproximamos de duas meninas, as quais estavam ali paradas. Quando estávamos a três passos delas, um carro se aproximou. Era um cliente. Pr. Eric parou de andar e eu parei também. Uma delas fez um “5” com a mão, estendeu o braço e energicamente balançando-o disse: “Ei, ei, pode esperar! Espera, espera! VOCÊ pode esperar. DEUS não.” E foi assim, após essa advertência ao cliente voluptuoso, que o pr. Eric me apresentou a elas e o Espírito agiu.  

"Que gracinha, Vanessa!"


     Primeiro dia de aula, primeiro trabalho acadêmico do período: “em trabalho original, descreva a importância do advogado como agente da atuação concreta do direito e da administração da justiça, indique as funções privativas do advogado, os requisitos para o exercício da profissão e selecione e comente as prerrogativas que pareçam mais importantes para a garantia do exercício da atividade.” Aluna aplicada que sou (hã-hã) resolvi fazer o trabalhinho e enviá-lo ao meu caríssimo professor por e-mail. Qual não é a minha surpresa quando, ao abrir minha caixa de e-mails pela manhã, me deparo com um “Que gracinha, Vanessa! (...)”. Pois bem, o começo dessa resposta do professor por si só já me diz muitas coisas. Enumerá-las-ei:

  • Primeiro, ou o professor é muito sensível ou escrevo como se tivesse 8 anos de idade e provoco ataques de fofura em meus leitores (as duas hipóteses são prováveis);
  • Segundo, meu estilo de escrita é completamente inadequado ao ambiente jurídico (como se eu não soubesse disso antes);
  • Terceiro, por que eu faço Direito mesmo?