sábado, 31 de dezembro de 2011

"It's not you, it's me"

      Conversávamos sobre a nova namorada dele. Contrariando os ensinamentos do menino loiro que certa vez se apaixonou por uma rosa vaidosa, comecei pelas perguntas não-essenciais "Qual o nome dela? Quantos anos tem? O que ela faz?". Ao que ele me respondeu, meio hesitante, "Fulana de Tal, X anos, mestrado na PUC". Exclamei "Uau! Inteligente, né?". Com um indiferente "É, deve ser...", concluí o que já me era claro há algum tempo: inteligência não lhe dá vantagens quando o assunto é sedução; ser gostosa, por outro lado, coloca a mulher numa posição de destaque - e em outras posições mais, conforme o caso e a liberalidade do casal.

    Bom, que a minha conclusão não veio só do indiferente "é, deve ser..." é óbvio. Outros fragmentos de experiências e conversas dessa vida se juntaram e compuseram esse quebra-cabeça. Como disse em um outro texto, pensar não está em alta. Principalmente no mercado em que sentir - tesão ou frio na barriga - é o que causa alvoroço nos investidores.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bota na cara, bota onde quiser

     Era uma tarde de sol. Estava quente, bem quente. Era um almoço inocente. OK, paremos o teatro por aí. Nunca é inocente quando se trata de nós duas. Conversávamos. Conversa vai, conversa vem e o assunto passou a ser o último garoto com quem ela tinha ficado. 

     - É, Vanessa, difícil entender. Ou melhor, não tão difícil: a garota tem  na cara três piercings; cabelo "loira puta". Um cara que fica, ao mesmo tempo, com essa garota e comigo só pode ter algum problema.

     - Ah, de repente ele é eclético. BEM eclético, diga-se... - instiguei.

   - Não, Vanessa, você não está entendendo. Não é questão de ser eclético ou não. Isso já beira um transtorno de personalidade!

       Gargalhei!