quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bota na cara, bota onde quiser

     Era uma tarde de sol. Estava quente, bem quente. Era um almoço inocente. OK, paremos o teatro por aí. Nunca é inocente quando se trata de nós duas. Conversávamos. Conversa vai, conversa vem e o assunto passou a ser o último garoto com quem ela tinha ficado. 

     - É, Vanessa, difícil entender. Ou melhor, não tão difícil: a garota tem  na cara três piercings; cabelo "loira puta". Um cara que fica, ao mesmo tempo, com essa garota e comigo só pode ter algum problema.

     - Ah, de repente ele é eclético. BEM eclético, diga-se... - instiguei.

   - Não, Vanessa, você não está entendendo. Não é questão de ser eclético ou não. Isso já beira um transtorno de personalidade!

       Gargalhei!